Rede Memorial faz reunião de emergência para debater destruição do Museu Nacional e exigir medidas urgentes para preservação do patrimônio histórico, artístico, científico e cultural
A Rede Memorial Nacional realizará nesta terça-feira (4/9) reunião de emergência, às 14h, para elaborar um manifesto em razão do incêndio e destruição do Museu Nacional da UFRJ, no Rio de Janeiro, no último domingo (2/9). O encontro será sediado no Recife, no Memorial Denis Bernardes, na Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com participação on-line de integrantes da rede em todo o País.
O professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPE Marcos Galindo é coordenador do Laboratório Líber (UFPE), um dos articuladores da Rede Memorial, afirma que além dos efeitos da catástrofe, é preciso discutir o descaso com o patrimônio nacional e os riscos que ameaçam outros museus, bibliotecas e espaços de memória no Brasil. A pauta inclui medidas urgentes para proteção aos diferentes acervos brasileiros. “Trágico desfecho do acúmulo de anos de descaso para com a memória ceifou o Museu Nacional. Não se trata de um acidente, foi um sinistro, uma hecatombe fruto do descaso por parte do poder público que não pode ficar sem responsabilização”, classifica Galindo.
Para a reunião da terça-feira, já está confirmada a participação de pesquisadores de diferentes instituições pernambucanas, da USP (SP), UnB (DF), de dirigentes do Arquivo Nacional e do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A Rede Memorial nasceu em Pernambuco no ano de 2008, a partir da articulação entre organizações que tinham por missão a custódia, o resgate, e a preservação do patrimônio memorial e cultural pernambucano. Logo depois tornou-se nacional, para enfrentar os desafios da globalização da economia, da evolução tecnológica e conceitual no domínio da gestão pública, frente à falta de recursos que o patrimônio histórico enfrenta. Dela fazem parte pesquisadores e instituições que se uniram para compartilhar recursos humanos, financeiros, tecnológicos, saberes e capacidades específicas em benefício do patrimônio cultural e da preservação da memória artística, histórica, cultural e científica do País.
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